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A Festa de São João no Porto em 1913

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O São João no Porto - Um grupo de foliões dançando animadamente A Festa de São João no Porto é já um dos marcos incontornáveis da vida da cidade e que conta com a visita de um número cada vez maior de turistas e visitantes, para participar nas iniciativas que vão decorrendo um pouco por todo o lado. Uma festa atualmente integrada por muitas outras festas, concentrando mais de muitas dezenas de eventos de grande diversidade e atingindo o auge na noite de 23 para 24 de junho, naquela que muitos apelidam de noite mais longa do ano. O São João no Porto - A tradicional compra da erva de Nossa Senhora O São João no Porto - Vendo qual é o mais pesado... Clichés de J. Azevedo, fotógrafo da Ilustração Católica (nº1 - 5 de Julho de 1913)

Praia de Espinho - Pescadores a consertarem as redes (1919)

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Grupo de pescadores empenhados no conserto duma rede (Cliché A. Franco) A faina do mar, a faina da pesca sempre foi uma das mais queridas dos portugueses. País marítimo , com um litoral extensíssimo, cais da Europa , de onde partiram às descobertas os primeiros galeões, Portugal vive debruçado sobre o oceano e as populações da costa entregam-se à labuta de recolher, nas redes que fabricam e consertam, o peixe que é um dos alimentos favoritos e que ainda lhes sobra para a exportação em larga escala. E como seria uma assombrosa indústria, se aos poderes públicos o problema económico merecesse um pouco de cuidadosa e inteligente atenção! "Ilustração Portuguesa" - II Série, nº689 - 5 de maio de 1919

As festas de Verão no Porto (1910)

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  As tricanas do « Rancho das Olarias » que tão grande sucesso obteve no Palácio de Cristal "Foi na véspera de S. João que começaram as festas de verão no Porto , que os Fenianos iniciaram e o comércio da capital do norte secundou. Muitos forasteiros dos arrabaldes e de Aveiro, de Coimbra e Ovar instalaram-se na cidade, cujas ruas estavam todas embandeiradas e cheias de arcos de verdura e balões. Em volta do jardim da Cordoaria instalara-se uma feira franca e pelas noites o Porto , com as suas iluminações à minhota, apresentava um aspecto deslumbrante. Ranchadas alegres de raparigas atravessavam as ruas ao som das músicas;  a cada canto se improvisavam bailes e os estabelecimentos, com as suas luzes, abertos durante a noite, davam à cidade uma nota surpreendente. (...)" Fonte: "Ilustração Portuguesa", nº230 - 18 de Julho de 1910 (texto editado e adaptado)

À volta das hortas

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  "É de tradição em todas as cidades o axioma de que são divertidíssimos os passeios campestres; e, portanto, em toda a parte também é de tradição que aos domingos a população operária e burguesa se arroje para fora de portas. Em Paris a população transborda para Romainville, Ivry, etc., em Lisboa vai até à Senhora Santa Ana , ou dá uma passeata para os lados de Chelas . Assim, também é de muito bom tom na sociedade elegante ir-se estar uns dias em Sintra, assim como a sociedade elegante de Paris corre pressurosa à Suíça. Ora devemos dizer que este amor dos campos e da natureza é pura e simplesmente convencional. O homem é um animal de hábitos, e, a não ser algum poeta ou algum artista que se entusiasme verdadeiramente pelas paisagens grandiosas e pelas balsâmicas aragens, que procure o imprevisto e a novidade, a maior parte dos que vão fazer a sua villeggiatura transportam para o campo os seus hábitos da cidade, e não veem outros horizontes senão os que levam de Lisboa.

Uma Feira de Gado

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  O novo quadro de Carlos Reis destinado ao Museu Nacional de Belas Artes (Cliché Benoliel) Uma Feira de Gado “Perde-se nos tempos a origem das feiras enquanto local onde os povos efectuavam as suas transacções e adquiriam bens que necessitavam e não produziam em troca dos seus próprios produtos, dando origem a uma classe de mercadores que passaram a viver exclusivamente dessa actividade. As feiras tiveram, desde sempre, uma elevada importância não apenas devido ao incremento económico como ainda pelo seu contributo na circulação de ideias e do conhecimento de outras culturas. (…) As gentes das aldeias e outras povoações em redor constituíam-se em ranchos para se fazerem ao caminho, com as suas gigas e produtos para vender ou os animais presos à soga. Seguem pelos atalhos e, chegados ao local da feira, dispersam-se cada um com o seu destino e negócio em mente. Porém, existe sempre um local de encontro previamente estabelecido onde as gentes se reúnem os seus haveres, as compra

Largo da Fonte (Nª Sª do Monte) - Funchal

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Largo da Fonte - Nª Sª do Monte - Funchal “De entre estas celebrações [na Madeira ], a mais marcante continua a ser a da Senhora do Monte , em Agosto . A igreja fica no cocuruto do anfiteatro que sai do mar, deixa construir a cidade do Funchal e vai avançando num crescendo até às serranias. Quase no alto fica a freguesia do Monte , um microclima bem demonstrado na vegetação «exótica». As festas são de arrasar, embora hoje demasiado invadidas pelo «plástico» e por «romeiros» citadinos pouco envolvidos na mística que vale a deslocação para muitos outros.  Marcam o colorido barracas de comes e bebes e tendas que vendem chapéus de palha, tradicionais bonecos de massa e rebuçados artesanais. Há que beber água da fonte do largo onde era o terminal do único comboio que já houve na ilha.” Ler+ Imagem: " Boletim Photographico " - nº 22 - Outubro de 1901

Vendedoras de peixe, o padeiro, o aguadeiro - Costumes Portugueses (1884)

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Vendedoras de peixe, o padeiro, o aguadeiro (1884) “Basta olhar para a nossa (...) gravura para se conhecer imediatamente que ela representa um grupo, em que sobressai o tipo distinto e formoso das mulheres dessa colónia piscatória , que de Aveiro e Ovar vem estabelecer-se em Lisboa . Não há classe mais laboriosa do que aquela. Quando o inverno sacode as negras asas e a tempestade varre a superfície do mar, não consentindo o exercício da difícil e arriscada profissão de pescador , estabelece-se a emigração daquela gente para Lisboa , onde procura os meios de subsistência com uma tenacidade que a honra e uma honradez que a distingue.” Fonte:  "A Ilustração Popular" - Ano 1 - nº 1 - 1 de Julho de 1884  (texto editado e adaptado)