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Costumes alentejanos (Alvito) – Aguarelas de Alberto Sousa

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Trajos característicos do Alentejo "Os habitantes do Alentejo têm um trajo característico: – além das célebres mantas alentejanas, tão antigas que já Gil Vicente fala delas, e que eles trazem, ora cobertos, ora traçadas ao ombro, o que lhes dá um aspecto pitoresco de cabreiros, – usam jaqueta, – cinta (na Beira Alta , faixa), não raro vermelha, a apertar-lhes as calças, – e chapéu de pano, desabado, às vezes com uma fita de cor, e uma grande borla preta à esquerda, no bordo da aba. Como andam frequentemente a cavalo, a jaqueta facilita-lhes os movimentos, e a cinta ampara-lhes um pouco o tronco. O cajado e a cachêra são bordões curiosos de que os Alentejanos se servem.  O primeiro tem uma curva à maneira de báculo ou de lítuo romano, por meio da qual o cajado é enfiado no braço, e com ele se apanha a perna de uma rês que foge; tudo isto é o mais tosco possível. Os cajados vendiam-se na feira a 20 rs. cada um, em grandes molhadas. Numa feira de Badajoz vi ob

Danças Tradicionais em azulejos - Alter do Chão

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A gravura mostra um curioso conjunto de azulejos existente em  Alter do Chão , no  Alto Alentejo , representando  danças tradicionais  de várias regiões do país. Foto e legenda de Carlos Gomes “As danças tradicionais populares entraram nos hábitos do povo devido aos mais variados contactos e influências, enraizando-se pela via das aculturações, recebendo dele o cunho do meio ambiente da sua personalidade em conformidade com o local onde estava inserido. Normalmente, quando falamos de danças populares , lembramo-nos das que eram usadas nas romarias , a caminho e no regresso das mesmas, nos terrenos aos domingos de tarde, nas noites de escapadelas, esfolhadas ou estonadas, espadeladas, esfarrapadas, malhadas e outras manifestações de divisão ou de trabalho rural , relegando-se para o esquecimento sectores sociais mais recuados ou mais recentes que fizeram época, tendo os primeiros fornecidos bases muito valiosas de que se serviam as gentes das aldeias para a sua encantadora, mas simpl

O Pastor Alentejano - Gentes de outros tempos!

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  O Pastor Alemtejano ( Cliché  do distinto fotografo amador sr. Francisco Bonache, da Golegã, e pertencente ao distinto professor e escritor sr. dr. Tomaz de Noronha) Penso que esta não é, com toda a certeza, a imagem que fazemos do Pastor Alentejano .  No entanto, esta fotografia foi publicada na Ilustração Portugueza (Outubro de 1913), com a legenda acima indicada.   Quem quiser saber como é que são descritos, na obra de José Leite de Vasconcelos , Etnografia Portuguesa , alguns trajos característicos do Alentejo, pode clicar aqui .

Alentejanos junto a um dolmen - Arqueologia Portuguesa (1909)

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Alentejanos junto a um dolmen, em Montemor-o-Novo "Um dos mais interessantes documentos dos antigos são os dolmens .  O dolmen é composto de enormes rochas soltas, em número variável, dispostas em forma de jazigo.  Neles eram deitados os mortos, em várias camadas, num mesmo sentido ou em varias posições.  A fotografia que damos representa um dos mais perfeitos dolmens de Portugal, e que fica situado no Alentejo , em Montemor-o-Novo .  Na serra da Aboboreira existe um muito semelhante, num largo platô; consta de nove pedras e está um pouco estragado pelos lavradores, que o têm demolido em procura de tesouros que a tradição diz existirem ali. É conhecido por a casa dos moiros ." José d'Abreu Torres Fonte: "Ilustração Portuguesa" - nº 174 - 21 de Junho de 1909 (texto editado e adaptado) Nota da Equipa: do ponto de vista etnográfico, importa-nos registar o trajo dos alentejanos , designadamente o já célebre " capote " e o " barrete ", assim com

Vasos de cortiça alentejanos

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  Vaso de cortiça ornamentado É tão variada, revela-se em tão diversos utensílios, a arte popular alentejana , que, a cada nova excursão que se faça por terras transtaganas se recolhem sempre documentos inéditos, escapados a investigações anteriores, a precedentes inquéritos. Dos vasos de cortiça que se fabricam em Lisboa , para suporte de outros vasos de barro, onde se criam as clássicas ervas caseiras, a « erva-da-fortuna », ou a avenca de folhagem miudinha e pendente, nada há que salientar. O aproveitamento das aparas de cortiça torna esses vasos incaracterísticos e inestéticos. No Alentejo , porém, com boa cortiça, armam uns vasos, cónicos ou em pirâmide, cujo exterior se reveste de uma constelação de ornatos muito singelos, entre os quais não raro se mistura o inevitável coração. É deste género o vaso que represento em gravura e que provém do concelho de Montemor-o-Novo .  Pendem-lhe das esquinas séries de borlas alongadas; cravejam-lhe as faces numerosos pregos de cabeça

Tabernas de Grândola - Postais

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A Câmara Municipal de Grândola editou, em 1999, um conjunto de 12 Postais, com fotografias de José Manuel Rodrigues, a que deu o nome de “ TABERNAS – Percursos na memória do Concelho de Grândola ”. Neste post vamos colocar 4 imagens . As restantes virão depois. Esperamos que gostem! Casa de Pasto 2 Irmãos, Grândola Taberna no Joaquim Daniel, Grândola Taberna do Palhotas, Grândola Taberna do Verga a Mola, Brejinho d'Água, Grândola Sugerimos a leitura de um texto sobre a Gastronomia, os Vinhos e o Artesanato de Grândola .

Nas Festas da Senhora da Piedade, em Odemira, uma toirada à alentejana (1912)

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As Festas de Nossa Senhora da Piedade , cujo dia principal é 8 de Setembro , são uma tradição antiga da vila de Odemira, mobilizando os odemirenses que assim prestam homenagem à padroeira da terra, cuja actual capela foi construída em princípios do século XX.  A ela se refere aparentemente uma das Cantigas de Santa Maria , de Afonso X, o Sábio .  A antiga ermida, hoje quase imperceptível, situava-se nas proximidades, mas mais perto do rio, onde existia uma barca da passagem, cujo processo de locomoção exigia a fixação de um cabo nas duas margens. Praça formada por carretas: do lado da sombra o boi vindo do curro Uma boa pega ao sol. Ao longe, Odemira. Uma pega na sombra, vendo-se o curro ao fundo. Clichés do distinto fotógrafo amador, sr. Manuel Torrado in “ Ilustração Portugueza ”, 30 de Setembro de 1912