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À volta das hortas

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  "É de tradição em todas as cidades o axioma de que são divertidíssimos os passeios campestres; e, portanto, em toda a parte também é de tradição que aos domingos a população operária e burguesa se arroje para fora de portas. Em Paris a população transborda para Romainville, Ivry, etc., em Lisboa vai até à Senhora Santa Ana , ou dá uma passeata para os lados de Chelas . Assim, também é de muito bom tom na sociedade elegante ir-se estar uns dias em Sintra, assim como a sociedade elegante de Paris corre pressurosa à Suíça. Ora devemos dizer que este amor dos campos e da natureza é pura e simplesmente convencional. O homem é um animal de hábitos, e, a não ser algum poeta ou algum artista que se entusiasme verdadeiramente pelas paisagens grandiosas e pelas balsâmicas aragens, que procure o imprevisto e a novidade, a maior parte dos que vão fazer a sua villeggiatura transportam para o campo os seus hábitos da cidade, e não veem outros horizontes senão os que levam de Lisboa.

Os Alfacinhas e os Retiros das Hortas

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Os lisboetas tinham outrora o curioso costume de irem passear às hortas que era, como quem diz, retirarem-se da cidade para poderem gozar um pouco dos prazeres do campo, geralmente aos domingos.  Deliciavam-se então com os piqueniques familiares que organizavam ou simplesmente almoçar nas velhas “casas de pasto”, assim designadas por inicialmente apenas darem as forragens aos animais enquanto os donos negociavam na feira. Em muitas delas, ainda se conservam as argolas que prendiam os animais. Ler+ Retiro “Perna de Pau”, junto ao apeadeiro do Areeiro, na antiga Estrada de Sacavém Retiro do Caliça, na Estrada dos Salgados, às portas da Amadora Retiro do Quebra Bilhas, no Campo Grande. Actuação de uma fadista num retiro em Sacavém Grupo de pândegos num retiro dos arredores de Lisboa Textos: Carlos Gomes Fotos: Arquivo Fotográfico da CM de Lisboa