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Olaria de Bisalhães (Vila Real ) - Moldar o barro

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Olaria de Bisalhães - Moldar o barro « A mesa de trabalho é formada por duas rodas e pelo banco.  A de cima, grossa, tem um orifício reforçado com latão (“bucha de roda”), onde insere um eixo de madeira (“bico de trabulo”), que liga a outra, colocada por baixo.  No centro do tampo há uma elevação, com um palmo de diâmetro, onde se pousa o barro.  Movimentando a roda inferior, com o pé, faz girar a que está por cima, onde coloca o barro de onde sairá a peça a elaborar. À medida que a roda gira, segura o barro com a mão esquerda e, com a outra, dá-lhe a forma desejada, molhando-a para facilitar o trabalho.  Antes que a argila seque, o artesão dá asas à sua imaginação e enfeita a peça com flores ou outros adornos.» Texto: Júlio António Borges, in Monografia do concelho de Vila Real Imagem: Foto de Duarte Carvalho – Colecção de Postais editados pelo Centro Cultural Regional de Vila Real em 1999

Olaria de Bisalhães (Vila Real ) - Picar o barro

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Olaria de Bisalhães -  Picar o barro « O barro, tirado da barreira, era partido e guardado numa dependência, a que chamavam “caleiro”.  Quando fosse necessário, levavam-no para o pio e, deitando-lhe água, malhavam-no até o reduzir a pó.  Passavam-no pela peneira, para afastar as impurezas.  Havia dois tipos de peneira, conforme os utensílios a produzir: o crivo (malha larga) para a “louça churra”; e a peneira de rede fina, destinada à confecção de louça decorativa .» Texto: Júlio António Borges, in "Monografia do concelho de Vila Real" Imagem: Foto de Duarte Carvalho – Colecção de Postais editados pelo Centro Cultural Regional de Vila Real em 1999

Feira dos Pucarinhos - Festa de S. Pedro (28 e 29 de Junho) - Vila Real

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Olaria de Bisalhães - “ Pucarinhos ” de Vila Real Pelo São Pedro , é de costume realizar-se em Vila Real , na província de Trás-os-Montes , uma curiosa «feira», tradicionalmente chamada « feira dos pucarinhos ». Tal feira é uma exposição de trabalhos regionais, não só de olaria, mas também de tecidos de linho; - aparecendo ainda à venda mantas, cobertas de cama, e coisas assim.  Tudo isto proveniente de incansável indústria caseira, que ali, embora rústica, se revela artística na ideação e na execução. É, porém, de olaria que, embora muito ao de leve, nestas abreviadas notas se falará agora. Logo pela manhãzinha, na véspera de São Pedro, vão chegando cestos e cestos de louça de barro, pelo ordinário negra, à Rua Central, em frente à capela do nome daquele santo, - que é onde a «feira» se efectua. Esta louça vem hoje de Bisalhães, povoaçãozita perto de Vila Real, mas dantes o fabrico estendia-se a Lordelo. Se fores a Bisalhães, à terra dos paneleiros, dá por lá uma vista de olhos

Olaria de Bisalhães (Vila Real ) - Expôr a louça

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Olaria de Bisalhães - Expôr a louça « Até à construção do IP4, um pouco antes de chegar a Vila Real, havia tendas de louça preta a ladear a estrada .  O viajante, atraído pela cor das peças, parava e o negócio lá se ia desenvolvendo.  Com a a abertura da via rápida, as tendas foram transferidas para pequenos pavilhões, à entrada da cidade.  Nalguns, pode-se admirar o trabalho do oleiro, na azáfama de elaborar as belas peças que exibe penduradas por dentro e por fora da loja .» Texto: Júlio António Borges, in Monografia do concelho de Vila Real Imagem: Foto de Duarte Carvalho – Colecção de Postais editados pelo Centro Cultural Regional de Vila Real em 1999

Olaria de Bisalhães (Vila Real ) - Esconder, na liga, os pucarinhos do peito

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Olaria de Bisalhães - Esconder, na liga, os pucarinhos do peito « A par dos utensílios de barro preto, usados nas lides domésticas, havia minúsculas peças ornadas com um lacinho na asa ou no gargalo.  Os namorados procurando agradar ao ente querido, ofereciam-lhas, trazendo-as ao peito enquanto durassem os festejos (1).  Daria mais sorte se fossem roubadas.” Texto: Júlio António Borges, in Monografia do concelho de Vila Real Imagem: Foto de Duarte Carvalho – Colecção de Postais editados pelo Centro Cultural Regional de Vila Real em 1999 (1)  Nota da Equipa do Portal : Feira dos Pucarinhos, dias 28 e 29 de Junho (Festas de S.Pedro), que se realiza, desde meados do século XIX, na Rua Central (actualmente Rua dos Combatentes da Grande Guerra), em frente da Igreja dos Clérigos, mais conhecida como Capela Nova.

Olaria de Bisalhães (Vila Real ) - Retirar a louça do forno

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Olaria de Bisalhães - Retirar a louça do forno « O fumo provocado pela combustão, dá a cor característica do barro da região.» Texto: Júlio António Borges, in Monografia do concelho de Vila Real Imagem: Foto de Duarte Carvalho – Colecção de Postais editados pelo Centro Cultural Regional de Vila Real em 1999

Olaria de Bisalhães (Vila Real ) - Cozer a louça

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Olaria de Bisalhães - Cozer a louça « Tapado o forno, a temperatura atingia novecentos graus.  Há fornos feitos com tijolo, medindo metro e meio de profundidade, por três de diâmetro.  Aplicavam um pião (cilindro), para facilitar a difusão das chamas pelas peças, e “roncas” (panelas estragadas), evitando que quebrassem, adquirindo um tom avermelhado se não fosse abafada.» Texto: Júlio António Borges, in Monografia do concelho de Vila Real Imagem: Foto de Duarte Carvalho – Colecção de Postais editados pelo Centro Cultural Regional de Vila Real em 1999

Olaria de Bisalhães (Vila Real ) - Colocar as peças no forno

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Olaria de Bisalhães - Colocar as peças no forno « Depois de seca, a louça é metida no forno (buraco na terra que leva cerca de mil peças grandes, ou seis mil pequenas, de cada vez), pousada numa grelha sobre lenha a arder.  O buraco é coberto com musgo, caruma e terra, fazendo uma abertura para facilitar a circulação do ar .» Texto: Júlio António Borges, in Monografia do concelho de Vila Real Imagem: Foto de Duarte Carvalho – Colecção de Postais editados pelo Centro Cultural Regional de Vila Real em 1999

Olaria de Bisalhães (Vila Real ) - Gogar

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Olaria de Bisalhães - Gogar « Terminado o artefacto, usa uma palheta para aperfeiçoar os rebordos e um “gogo” (pedra do rio) para a polir.  Os desenhos são aprimorados com um pedaço de pau, afiado, desenhando os motivos decorativos .» Texto: Júlio António Borges, in Monografia do concelho de Vila Real Imagem: Foto de Duarte Carvalho – Colecção de Postais editados pelo Centro Cultural Regional de Vila Real em 1999

«Pucarinhos» - O que são?

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«De todos os artigos de uso doméstico… fabricam também exemplares em ponto pequeno, como brinquedos de crianças, e, finalmente, umas 50 espécies de peças que não excedem 1cm de altura e que reproduzem em miniatura as peças grandes ou mesmo outras que ao espírito do oleiro ocorre fabricar como curiosidade. A técnica da fabricação desta olaria minúscula tem certos pormenores exigidos pelas dimensões reduzidas dos objectos. Mas é ainda na mesma roda [de oleiro] que elas são executadas; simplesmente, uma pirâmide de barro de menos de um palmo de altura colada no tampo, rigorosamente verticalizada e mantida constantemente humedecida, fornece centenas de peças e dura para uma semana de trabalho aturado. Com utensílios de madeira de vidoeiro proporcionados às dimensões das peças, ponteiros, fanadoiros, picadeiras, o oleiro vai fazendo sair do vértice da pirâmide de barro os diferentes objectos, maciços, naturalmente, mas de execução perfeita e de uma graciosidade de coisas pequenas, del