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"Casa dos Moinhos" - Moinho de Maré - Aveiro

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A “ Casa dos Moinhos ” é um notável moinho de maré existente em Aveiro, classificado como Imóvel de Interesse Público.  Foi mandado construir em 1830 por Joaquim José de Oliveira, fundador da Fábrica da Vista Alegre, e aí funcionou a Capitania do Porto de Aveiro. (Texto e foto de Carlos Gomes) A “ Casa dos Moinhos ” segundo uma gravura do século XIX ( Fonte )

Os pescadores portugueses de bacalhau

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A flotilha portuguense que vai pescar aos bancos da Terra Nova, fundeada em Massarelos antes da partida. É nesta época que partem para a Terra Nova todos os anos os pescadores de bacalhau. Dura muito tempo a sua faina naqueles mares, correm aventuras e no regresso encontram os braços amigos a acolhê-los, as bocas a sorrir-lhe. Alguns meses em terra e depois de novo a labuta como agora a recomeçaram os portugueses que largaram há dias do Porto. O maior veleiro português, o lugre «Felisberta», agora a caminho da Terra Nova A pesca do bacalhau com duas linhas Um «dory», com a vela triangular içada e usado pelos pescadores na Terra Nova Pescador com o trajo de pesca e segurando na mão o «rilles», onde se enrrola a linha de pescar, da qual pende a azagaia ou anzol Ilustração Portugueza, nº275 - 29 de Maio de 1911

Embarcação avieira no Escaroupim - Salvaterra de Magos

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Embarcação dos avieiros , no Escaroupim , em Salvaterra de Magos. Foto de Carlos Gomes Cultura avieira: um património que urge preservar As aldeias avieiras correm o risco de desaparecer a curto prazo se entretanto não forem tomadas medidas de salvaguarda etnográfica. Construídas inicialmente em madeira, o tijolo e o cimento têm vindo a tomar o seu lugar devido à sua precariedade ao ponto de ameaçarem a ruína. Aliás, desde há muito tempo que as águas do rio deixaram de banhar os pilares das habitações. Assim sucede na Palhota , junto à Azambuja, aldeia imortalizada pelo escritor Alves Redol que aí viveu e se inspirou quando escreveu o seu romance “ Os Avieiros ”. Desde os finais do século dezanove, as margens dos rios Tejo e Sado viram chegar sucessivas levas de pescadores oriundos da Vieira de Leiria , procurando sazonalmente nas suas águas o alimento que o mar revoltoso da sua terra lhes não permitia a ousadia de nele entrar durante o inverno. Ler+

Jardim do Seixal - Miniatura de moinho de maré

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Representação em miniatura do moinho de maré de Corroios , existente no jardim do Seixal. Foto de Carlos Gomes Moinho de maré de Corroios O moinho de maré de Corroios , no concelho do Seixal, foi mandado construir por D. Nuno Álvares Pereira em 1403, já lá vão mais de seis séculos de existência. Situado junto à baía, encontra-se adaptado a ecomuseu, atraindo regularmente numerosos visitantes que desse modo entram em contacto com aspectos ligados à etnografia e à tecnologia associada ao aproveitamento da energia das marés. Ao contrário do que sucede com as azenhas que utilizam a força motriz das correntes fluviais, os moinhos de maré baseiam-se nos ciclos das marés. Estes moinhos dispõem de uma caldeira que se enche de água, a qual é fechada por uma adufa até à descida das águas. Estas passam então sob as arcadas do moinho onde se encontram os rodízios através dos quais vão mover as moendas.  Existem moinhos de maré que chegam a ter uma dezena de moendas ou seja, pares de mós. Calcu

A mulher de Barcelos (numa Feira em Novembro de 1910)

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Tipo de mulher de Barcelos A mulher de Barcelos Já Camilo afirmava que as moças de Barcelos levavam de vencida as lindas mulheres das redondezas no rosado da face, na robusta elegância do corpo e na viçosa alegrai. Ante olha-se à nossa rotina uma interminável coleção de desenvoltas moçoilas que põem a cabeça humana à razão de juros. Morenas, de andarem ao sol, e loiras gentis, ligeiras, em passo ritmado saracoteiam-se pelo campo. As saias balouçam-lhe ao de leve nas curvas das pernas tentadoras. Mimosos palmos de cara, virgens da maquilage , emergem dentre boleios esparsos dessa camisa de alvo linho . Vendedeiras de cereais Clarões luminosos brincam doidamente em rosto oval. A cada canto deparam-se-nos: olhos microscópicos, contas de rezar: grandes, amendoados, que tentam saltar das órbitas. Há-os negros cintilantes, misteriosos, verdes como os da Joaninha de Garrett; e azuis duvidosos, incertos como as águas do mar. A vista embriaga-se na orgia da coloração quente que

Olaria de Bisalhães (Vila Real ) - Moldar o barro

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Olaria de Bisalhães - Moldar o barro « A mesa de trabalho é formada por duas rodas e pelo banco.  A de cima, grossa, tem um orifício reforçado com latão (“bucha de roda”), onde insere um eixo de madeira (“bico de trabulo”), que liga a outra, colocada por baixo.  No centro do tampo há uma elevação, com um palmo de diâmetro, onde se pousa o barro.  Movimentando a roda inferior, com o pé, faz girar a que está por cima, onde coloca o barro de onde sairá a peça a elaborar. À medida que a roda gira, segura o barro com a mão esquerda e, com a outra, dá-lhe a forma desejada, molhando-a para facilitar o trabalho.  Antes que a argila seque, o artesão dá asas à sua imaginação e enfeita a peça com flores ou outros adornos.» Texto: Júlio António Borges, in Monografia do concelho de Vila Real Imagem: Foto de Duarte Carvalho – Colecção de Postais editados pelo Centro Cultural Regional de Vila Real em 1999

Olaria de Bisalhães (Vila Real ) - Picar o barro

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Olaria de Bisalhães -  Picar o barro « O barro, tirado da barreira, era partido e guardado numa dependência, a que chamavam “caleiro”.  Quando fosse necessário, levavam-no para o pio e, deitando-lhe água, malhavam-no até o reduzir a pó.  Passavam-no pela peneira, para afastar as impurezas.  Havia dois tipos de peneira, conforme os utensílios a produzir: o crivo (malha larga) para a “louça churra”; e a peneira de rede fina, destinada à confecção de louça decorativa .» Texto: Júlio António Borges, in "Monografia do concelho de Vila Real" Imagem: Foto de Duarte Carvalho – Colecção de Postais editados pelo Centro Cultural Regional de Vila Real em 1999