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O campino Manoel Vicente, da Golegã, em 1908

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O Campino "O turista que não pode surpreender os campinos nas fainas arriscadas da lezíria em exclusiva convivência com o toiro e o cavalo, vá em  Julho a Vila Franca assistir à festa do Colete Encamado . Encontra-os no desvairamento colorido da «espera», entre nuvens de pó, gritando, junto do tropel da manada que desfila ou depois, nos passos e requebras vertiginosos do fandango e do verde-gaio , ao som dos harmónios, no gosto enlevado da sua galhardia de valente que se diverte. O mesmo barrete de lã verde ou azul com orla vermelha, camisa de algodão branco, colete encarnado com botões de vidro, jaleca curta, cinta escarlate, calção justo de bombazina azul fechando abaixo do joelho com fivelas de prata, meias brancas bordadas, sapatos ferrados e de cabedal branco, esporas de fivela, estribos de madeira, os albardões cobertos com peles brancas de carneiro. Vê-los assim ainda constitui, hoje, no luzimento festivo dos grandes dias de Vila Franca , o gosto de contemplar a «

O campino, aristocrata da lezíria!

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O Campino Cliché de Homero Câncio (Alhandra) "Ao montarem no cavalito ligeiro, resistente, sóbrio, papa-léguas, veloz, lançam-lhe sobre o costado um albardão enchumaçado a peles de cabra ou de carneiro, à frente a manta raiana, atrás o alforje, e empunham o « pampilho » aguçado, que umas vezes cravam na carne das rezes e outras elevam ao céu, prolongando com as suas hastes finas o « élan » místico dos arvoredos." Raul Proença Imagem: “Ilustração Portuguesa”, 26 de abril de 1920    Sugestões: Mulheres, com trajes regionais minhotos, numa espadelada! O Zé Pereira está em Fão a divulgar festas! O Traje das Vindimadeiras no Douro

Campinos do Ribatejo

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«(...) Atravessa-se a vila de Azambuja, e já a cada momento, na estrada, é necessário diminuir a marcha do automóvel para deixar passar os rebanhos de ovelhas e carneiros, as manadas de potros e éguas, conduzidos à vara por campinos a cavalo, de barrete vermelho e meia branca, jaleca ao ombro, erectos nas selas mouriscas.  São homens altos e secos, pernaltas com músculos de cavaleiros, a face moura, os matacões tufando da carapuça, o mento e o lábio superior escanhoados, que do alto do cavalo sorriem com desdém para o nosso veículo hipercivilizado.» ( Carlos Malheiro Dias - 1875/1841, in Grandes Agrários Ribatejanos ) Sugestão: " Campino, o aristocrata da lezíria " Campinos do Ribatejo nas Avenidas de Lisboa Sugerimos a leitura dos textos abaixo As cores republicanas no barrete do campino ribatejano O campino do Ribatejo tal como atualmente o conhecemos, altivo na sua montada, com o seu pampilho, apresenta-se invariavelmente com – o seu colete encarnado, – faixa ver

Mulher da Golegã em 1911 | Tipos de costumes

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É importante registar que esta imagem é uma foto de 1911... Seria assim que se vestiam as mulheres da Golegã nesse tempo? E, se sim, os Grupos Folclóricos da zona também apresentam este tipo de traje? *** A vila da Golegã, pertencente ao distrito de Santarém, terá tido origem, segundo se diz, no tempo de D. Afonso Henriques ou D. Sancho I, numa estalagem que aí estabeleceu uma mulher, natural da Galiza. O lugar era muito frequentado por viajantes, principalmente pelos que transitavam de Santarém para Coimbra e Tomar. A estalagem tinha por título a « Venda da Galega », que depois se mudou para « Vila Galega » e, por último, se corrompeu em « Golegã », o nome atual da vila. Foi no tempo de D. Manuel I que Golegã terá tido o seu maior engrandecimento, pois, instalando este monarca a sua corte em Almeirim, aqui se faziam grandes e importantes transações. *** Fontes Texto: "O Século Centenário" - 1940 (editado e adaptado) | Imagem: Fotografia de Carlos Relvas

Danças Populares e Tradicionais Portuguesas (2)

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Bailinho da Madeira - Ilustração de Mário Costa (1902-1975) De certo que já todos viram dançar o “ Bailinho da Madeira ” ou pelo menos, tal como ele é conhecido no continente: um grupo, vestido com o traje típico da ilha das flores, que dança em torno do instrumento regional típico da Madeira : o brinquinho . É um instrumento composto por um grupo de sete bonecos de pano e traje regional com castanholas e fitilhos, dispostos na extremidade de una cana de roca e animados por movimentos verticais na mão do portador, isto é, o bailinho tal como a maioria das pessoas o conhece.  No entanto existe outro, trata-se do bailinho que surge nos arraiais típicos da ilha, onde se canta ao desafio e se dança em coreografias inventadas no momento. A este divertimento dá-se o nome de brinco. É cantado e dançado por todos, sem qualquer regra ou restrição. Não é necessário traje, pois basta querer para entrar na roda. Saber mais...  Fandango - Ilustração de Mário Costa (1902-1975)

Os Campinos - Quadro de Silva Porto

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Os Campinos Quadro de Silva Porto, adquirido por Sua Majestade El-Rei D. Luís Desenho do mesmo autor - Gravura de Heitor & Lallemant(?)  Quando no princípio deste ano, a páginas 37 do presente volume, publicamos o artigo « O Quinto Salão » do nosso distinto colaborador o sr. Monteiro Ramalho, nesse artigo fez o articulista apreciação deste quadro que chamou a atenção pública na ultima exposição de quadros do Grupo do Leão . Esse quadro era, efectivamente, o mais notável que figurou naquela exposição, e foi logo adquirido por el-rei D. Luiz . O quadro Os Campinos junta uma grande correção de desenho, um colorido verdadeiro e justo, o que lhe dá uma realidade palpitante, que só se encontra nas telas dos grandes mestres. Na pequena galeria de quadros portugueses, hoje enriquecida por tantos talentos, o quadro Os Campinos de Silva Porto tem um lugar de honra, como uma das produções mais notáveis do artista, e um dos mais belos quadros da pintura moderna em Portugal. Nós, p

O lavrador mais velho do Ribatejo em 1914

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O lavrador mais velho do Ribatejo, em 1914 José Henriques de Sousa , o lavrador mais velho do Ribatejo , já é pai de 29 filhos. Fez 104 anos no dia 15 de Setembro [1914], continuando como então a gozar de boa saúde, a dirigir os negócios da sua casa com toda a lucidez de espírito. Fala com grande entusiasmo da guerra, lamentando não estar na idade de poder bater-se ao lado dos aliados. F. Zeferino de Sousa (Ilustração Portugueza - segunda série, nº450 - 5 de Outubro de 1914)