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O catraeiro - Tipos portugueses

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O catraeiro "É o descendente do barqueiro que andava em todas as canções poéticas de há cem anos. Um bravo que tinha pelo mar uma paixão, tipo romântico que se filiava na legenda dos gondoleiros de Veneza. Usou barrete vermelho à Frígia , veio do norte, de alguma colónia à beira mar, encher aqui a missão de passar para o outro lado do rio fidalgos e moçoilas nos dias de círios ricos . Não levava mercadorias no seu batel engalanado, deixava isso às embarcações de.... Ele vivia de conduzir gente para as festas e para a margem bela da Outra Banda . Depois vieram os vapores e o barqueiro entrou a topar tudo. Deixou as vestes românticas, fez-se prático, o batel entrou a ser catraio e ele a fazer todos os transportes. Agora raramente leva gentes às festas, vive de conduzir fardos para bordo dos navios que não atracam aos paredões das doces. É um misantropo. Mal fala, como se tivesse saudades doutros tempos ou como se esperasse o fim da profissão com alguma nova ideia

Embarcações tradicionais do rio Tejo

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Falua atracada no cais da Moita. Embarcações tradicionais engalanadas nas festas da Moita. Cais palafítico do Samouco, no Montijo. Embarcação típica na baía do Seixal Fotos de Carlos Gomes A greve dos fragateiros [em 1911]  Os fragateiros de Lisboa , após uma greve parcial, tomaram parte no movimento geral que se realizou em 20 de março [1911] como protesto aos acontecimentos de Setúbal, impedindo que se fizesse o desembarque das mercadorias. Auxiliaram também os grevistas da União Fabril , recusando-se a transportes desta fábrica, no que foram secundados pelos carregadores de terra e mar. A sua própria causa venceram-na ao cabo de algumas conferências com os patrões, sendo-lhes concedido o aumento das garantias solicitadas, e retomando todos eles o trabalho em 23 de março [1919], após uma conferência com o secretário do ministro da marinha que foi escolhido para árbitro. Fragateiros em greve Fragatas da União Fabril Aspeto da doca de Santos durante a greve das fragatas C

A barca: tipo de embarcação tradicional do rio Tejo

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A atestar a antiguidade das barcas como modelo de embarcação tradicional, o brasão da cidade de Lisboa reproduz a que, em 1173, por ordem de D. Afonso Henriques , transportou as relíquias de S. Vicente , do Promontório Sagrado ou seja, do Cabo de S. Vicente para Lisboa . Ao tempo do imperador Diocleciano, foi movida intensa perseguição aos cristãos na Hispânia, tendo muitos deles sido martirizados como sucedeu com Máximo, Veríssimo e Júlia. Também Vicente de Saragoça veio a ser martirizado por se recusar a venerar os deuses pagãos oficializados pelo Império Romano, tendo sido morto no ano 304.  Apesar da imensa popularidade de Santo António que leva os lisboetas a saírem à rua para o festejar, é S. Vicente o padroeiro da cidade e está representado na sua heráldica também através da presença dos corvos que alegadamente velaram as suas relíquias quando estas foram transportadas para Lisboa. Com efeito, a História revela-nos e a heráldica representa um tipo de embarcação tradicio