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Barco rabelo à sirga - no Rio Douro

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Barco rabelo à vela Caminhos de sirga no Douro são um hino ao labor das gentes durienses Antes do aparecimento do comboio e, mais recentemente, das modernas rodovias, o barco foi durante bastante tempo um meio privilegiado de transporte de pessoas e mercadorias.  Ao longo de séculos e à falta das enormes pontes suspensas, a ligação entre as duas margens do rio Tejo apenas era feita por via fluvial...  Saber mais... Imagens retiradas de: O Douro - Manuel Monteiro, fac-simile da edição de 1911 | Emílio Biel & Cª - Editores Barco rabelo à sirga (puxado a homens) Barco rabelo à sirga (puxado a bois) Sugestões: A vida dos marinheiros do Rio Douro (1) A vida dos marinheiros do Rio Douro (2) A vida dos marinheiros do Rio Douro (3)

A vida dos marinheiros do Rio Douro (3)

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«Barco rabelo carregado de pipas, atracando ao cais da Carvoeira, no Porto «(…) Nos « barcos rabelos » ao passar nas graníticas « galeiras » do « Escarnicha » que, como outras colunas de Hércules, defendem a infortunada « Terra do Vinho » - eis que das « apégadas » grita o « mestre »: - Bota fora o Frade! E nisto o moço do barco empunha a «trombeta» e dela tira sons que levados de ribanceira em ribanceira vão ao longe ecoar… Por detrás da montanha, na margem esquerda, em lugares populosos antigamente, vivem quase em alfobre as famílias da « maruja » do Douro. Ao ouvirem esse sinal, as famílias dos « marinheiros » ausentes vão postar-se à espreita e mal hão reconhecido os seus, eis que por atalhos, verdadeiros carreiros de cabras, descem até ao rio e os « marinheiros » do barco deixam de remar no « pego » e atracam na praia. «Barco rabelo» a subir o Douro em frente ao Porto E é do abraço dos velhos pais já decrépitos, das mulheres que os filhos trazem ao colo ou das namo

A vida dos marinheiros do Rio Douro (2)

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Marinheiros carregando pipas de vinho no «barco rabelo»  «(…) Atingindo o barco o seu destino, muitas vezes à custa de remos e puxado à «sirga» pelos « marinheiros », ou seja em Riba-Corgo ou Baixo-Corgo , vai um da companha participar a chegada ao lavrador ou ao comissário de vinhos. Pelos íngremes caminhos rústicos, verdadeiros « gorrêtas », descem até ao cais carros de bois a carregarem pipas vazias, que voltam a trazer cheias das adegas. Interessante e digna de estudo também a vida trabalhosa dos carreiros do Douro ! Reboladas as pipas, cheias do mais afamado e precioso dos vinhos , sobre as pranchas, para o barco, pela « maruja » às ordens do « feitor » - ei-lo ali vai, rio abaixo, ao sabor da corrente, enquanto os « marinheiros » cantam e riem, conversando uns com os outros por meio de cantigas em que o verso é incorrecto e o estilo monótono, mas tão cadenciado e harmónico como o bater das « pás » abrindo em laivos cristalinos a água profunda!   «Barco rabelo»

A vida dos marinheiros do Rio Douro (1)

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   «O « barco rabelo » é talvez a última relíquia das primeiras embarcações peninsulares e, pelo seu todo característico, pelo seu aspecto nunca modificado, é porventura ainda o mesmo que os Fenícios construíram quando, nos tempos lendários da História Antiga, demandaram as costas lusitanas e ganharam os rios.  O célebre historiador Estrabão refere-se aos « barcos rabelos ». «Barco rabelo» subindo o Douro,   em frente à Ponte do «Porto Manso»  Nenhum outro barco pode navegar o Douro e, se às vezes, nas «barcas de passagem», o tipo fundamental sofre modificações, quer sejam guiadas pelas fortes moçoilas de Avintes , nos arredores do Porto, ou liguem, em Cima Douro, a Beira esforçada a Trás-os-Montes enérgico – a sua configuração não muda, é a mesma, só adaptada a outro fim. «Barco rabelo»   atracando ao caes dos Guindaes no Porto Minguado no verão o Douro que navegam, no Inverno parece um mar; e é por isso que se chamam «marinheiros» aos tripulantes dos « barcos rabelos », res