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O «namorar a correr» | As Feiras no Norte (1915)

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A venda de feno e diversos artigos de lavoura A pouca distância do Porto, pois numa hora, em elétrico, se alcança o pitoresco lugar de S. José , em Barreiros , realizou-se, há dias a feira anual a que concorreram belos exemplares de animais e um sem número de utensílios de lavoura, alguns de nova invenção e muito curiosos, que foram intensamente admirados. Realizaram-se boas transações e não faltou nesta feira também o tradicional « namorar a correr », em que as raparigas dão trela a dez e doze rapazes. O gado suíno para venda Aspeto geral da feira (Clichés do sr. Manuel Moreira da Silva) Fonte: " Ilustração Portuguesa ", nº476 - 1915 Sugestões: Trajo do Minho - Mulher dos arredores de Viana do Castelo Vindima na Região do Douro: os carregadores dos cestos vindimos Trajos do Minho - Romaria e Trabalho (mudança do século XIX - XX)

A Feira das Mercês – Sintra, em 1918

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Feira das Mercês - O carroussel A Feira das Mercês (1918) Encantam-me sempre as feiras em Portugal . Delas dimanam ao meu sentir toda a gama de poesia e atracão campesinas que elas possuem, através da sua simplicidade. Toda a feira tem uma psicologia própria, falam à alma de cada região, de cada povo. Poderemos analisar nelas a força, a elevação da alma popular, nos seus usos, costumes, nas suas manifestações tradicionais. As Mercês é um pequeno lugarejo próximo de Sintra, situado numa região altamente poética [ região saloia ]. O panorama é soberbo, e a sua linha de horizonte, onde se avista a serra de Sintra, a ondulação dos seus montes, o oceano, é uma tela sugestiva, onde a beleza capricha no divinal conjunto das suas combinações. No mês de outubro, nunca deixo de visitar as Mercês pela ocasião da feira . O ano passado fazia um calor abrasador; o sol espalhava os seus ardentes raios pelos campos, enchendo-os de uma luz vivificante, parecendo que os pinheirais e

A primeira Feira de Queluz (Agosto de 1919)

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No Largo da Vila de Queluz Um trecho do recinto da feira, onde se fez venda de gado Animadas do louvável propósito de desenvolver o comércio local, as autoridades da vila de Queluz i nauguraram ali, a 17 do mês findo [Agosto de 1919], uma feira anual, empreendimento de grande futuro, conseguido com um certo êxito. Esta feira, que se realizou no amplo largo fronteiro à antiga residência real - um dos nossos monumentos arquitetónicos de subido valor, bem digno de ser admirado -, está destinada a ter, dentro em breve, sucesso e resultados idênticos às que se efetuam na Luz e nas Mercês , agora as duas feiras populares mais concorridas e animadas dos arredores da capital. E para isso deve contribuir deveras o magnífico sítio, onde ela teve lugar, sendo de crer que, em anos posteriores, este novo mercado, subindo de importância, vá atraindo à vila de Queluz também a concorrência dos lavradores e produtores das proximidades. Foi, pois, uma tentativa que merece, não só os maiores enc

Em Espinho: Feira quinzenal e orfeão «Mocidade Alegre» (1913)

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Um aspecto da feira quinzenal de Espinho (1913) Apesar dos assaltos furiosos do mar, a praia de Espinho tem atrativos poderosos. Aquela população laboriosa engalana dia a dia a sua terra, no bom desejo de ali chamar uma concorrência que se delicia, dada a beleza natural do sítio e os seus puros ares. A par de belos estabelecimentos e de esplêndidos « chalets », as diversões aumentam, havendo mesmo um grande entusiasmo em as fazer progredir. Ultimamente fundou-se ali um orfeon que conta grande número de sócios e que tem já dado provas de quanto se pode com boa vontade e com vocação. O grupo intitula-se Mocidade Alegre e é composto pelas meninas e rapazes das famílias mais distintas da vila, que se proporcionam assim um passatempo agradável e instrutivo. Uma parte do orfeon do Club Alegre Mocidade Fonte: "Ilustração Portuguesa", nº380 - 1913 Sugestões: Romaria da Senhora d'Ajuda em Espinho Praia de Espinho - Pescadores a consertarem as redes (1919) Nas Praias d

Feira de Santa Iria - Faro (Outubro de 1923)

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  Dois pitorescos aspectos da feira de Santa Iria, realizada em Faro, nos dias 20 e 21 de Outubro findo. (Clichés T. Médel) "Ilustração Portuguesa", nº924 - 1923 Sugestões: Romaria do Senhor de Matosinhos em 1917 Os carreiros do Douro (1) Lavradeira de Afife – Viana do Castelo – Alto Minho

A Feira das Mercês no Domingo, 16 de Outubro de 1904

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  Um aspecto da Feira das Mercês (Outubro 1904) É a mais importante feira do distrito de Lisboa e embora os mercados de gados e vários produtos não tenham na região da Estremadura nem pitoresco nem o valor das feiras minhotas e alentejanas, estas impõem-se pela variedade de tipos arrabaldinos que ali concorrem. Vêem-se carros de todos os feitios, veículos quase pré-históricos arrastados por alimárias de todas as idades, homens que discutem, mulheres de tipos vistosos que se apeiam no local da feiras, ranchadas que se metem nos campos devorando as merendas. À mistura, um ou outro lisboeta curioso do pitoresco e dum (...) que ri e vê as transações, que contempla aquelas fileiras dos vendedores de frutas e dos leitões assados e se retira à noite, na boa paz, num comboio rápido que silva e o deixa no Rossio. As feiras são uma maneira de animar o comércio de pequenas vilas, de lugarejos de mínima importância e Feira das Mercês vão com efeito grande número de negociantes de muitas

Fazendo compras na Feira

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Fazendo compras na feira. (Cliché de Benoliel) Ilustração Portuguesa, nº183, 23 de Agosto de 1909 Feiras Tradicionais Perde-se nos tempos a origem das feiras enquanto local onde os povos efectuavam as suas transacções e adquiriam bens que necessitavam e não produziam em troca dos seus próprios produtos, dando origem a uma classe de mercadores que passaram a viver exclusivamente dessa actividade. As feiras tiveram, desde sempre, uma elevada importância não apenas devido ao incremento económico como ainda pelo seu contributo na circulação de ideias e do conhecimento de outras culturas. (…) Era nas feiras… Era na feira que tudo ou quase tudo se comprava e vendia, desde a ninhada dos pintos ao gado pesado, dos pequenos utensílios domésticos ao pesado carro de bois. Era ainda na feira que se contratavam os jornaleiros para os trabalhos agrícolas e, no final, se efectuava o pagamento dos seus serviços. (…) Em dia de feira, os trabalhos da lavoura resumem-se a dar o pa

A Feira de Agualva (Maio de 1904)

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A Feira de Agualva Aspecto geral da feira « A feira de Agualva foi pitoresca e chamou gente.  Fazia-se negócio, ouvia-se ruído de vozes em disputa, os mendigos lamuriavam pelos caminhos onde os maiorais passavam conduzindo o gado.  Ao fim a paisagem verdejante, a vida campestre em toda a sua plenitude, ranchadas que vinham de longe, canções que se perdiam nas quebradas. E o gado em montões repousava entre o vozear dos negociantes, estatelavam-se os vitelinhos brancos, muitos em grande quantidade, apresentavam-se as vacas malhadas e úberes, tratavam-se os negócios de copo na mão, num disputar que acabava quase sempre com risos. Durante os dias de feira, que terminou em 4 de Maio, foi grande a afluência de gente a esse belo lugarejo de Agualva, onde se tinham armado barracas nas quais o negócio era de primeira ordem. Decorreu tudo em boa harmonia e as transacções foram de certa importância.  O que foi bastante útil tanto para os vendedores ambulantes como para o comércio local e mesmo pa

Uma feira de gado durante os festejos do São João em Braga (1909)

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Um trecho da feira anual de gado realizada no dia 24 de Junho [1909] (Cliché de Rebelo Júnior) Feiras Tradicionais "Perde-se nos tempos a origem das feiras enquanto local onde os povos efectuavam as suas transacções e adquiriam bens que necessitavam e não produziam em troca dos seus próprios produtos, dando origem a uma classe de mercadores que passaram a viver exclusivamente dessa actividade. As feiras tiveram, desde sempre, uma elevada importância não apenas devido ao incremento económico como ainda pelo seu contributo na circulação de ideias e do conhecimento de outras culturas. Elas adquiriram um particular relevo durante a Idade Média a tal ponto que a sua protecção era mencionada nos forais atribuídos pelos reis, sendo que o mais antigo que se conhece, e referente a uma feira medieval, data de 4 de Março de 1125 e foi doado por D. Teresa à Vila de Ponte de Lima ." Ler+ Fonte da imagem: " Ilustração Portuguesa " - nº 178 - 12 de Julho de 1909

A mulher de Barcelos (numa Feira em Novembro de 1910)

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Tipo de mulher de Barcelos A mulher de Barcelos Já Camilo afirmava que as moças de Barcelos levavam de vencida as lindas mulheres das redondezas no rosado da face, na robusta elegância do corpo e na viçosa alegrai. Ante olha-se à nossa rotina uma interminável coleção de desenvoltas moçoilas que põem a cabeça humana à razão de juros. Morenas, de andarem ao sol, e loiras gentis, ligeiras, em passo ritmado saracoteiam-se pelo campo. As saias balouçam-lhe ao de leve nas curvas das pernas tentadoras. Mimosos palmos de cara, virgens da maquilage , emergem dentre boleios esparsos dessa camisa de alvo linho . Vendedeiras de cereais Clarões luminosos brincam doidamente em rosto oval. A cada canto deparam-se-nos: olhos microscópicos, contas de rezar: grandes, amendoados, que tentam saltar das órbitas. Há-os negros cintilantes, misteriosos, verdes como os da Joaninha de Garrett; e azuis duvidosos, incertos como as águas do mar. A vista embriaga-se na orgia da coloração quente que

Queluz (Sintra) - Feira anual e "Alminhas"

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Em frente ao Palácio Nacional de Queluz , no concelho de Sintra , realiza-se anualmente uma reconstituição de uma feira nos moldes em que tinham lugar no século XVII.  O local é adequado pois, apesar do referido monumento ter sido construído no século XVIII, insere-se numa área que é parte integrante da região saloia . Nas proximidades do Palácio Nacional de Queluz , junto ao afamado IC19 por onde diariamente circulam milhares de veículos entre Lisboa e Sintra, mantém-se um pequeno nicho de alminhas que ainda é preservado.  Este nicho construído por volta de 1962 e uma das individualidades que contribuiu para a sua construção foi a D. Isabel, proprietária do colégio Almeida Garrett (cf. comentário recebido). (Fotos e textos de Carlos Gomes)

Feiras em Ponte do Lima - antigamente e hoje

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Feira de Gado em Ponte do Lima (foto com cerca de 100 anos) Feira quinzenal em Ponte do Lima (foto com cerca de 100 anos) Feira quinzenal em Ponte do Lima (actualmente) (Postais e fotos disponibilizados por Carlos Gomes) »» Sugerimos a leitura de um artigo do Dr. Carlos Gomes, intitulado « Feiras Tradicionais conservam velhas usanças » Perde-se nos tempos a origem das feiras enquanto local onde os povos efectuavam as suas transacções e adquiriam bens que necessitavam e não produziam em troca dos seus próprios produtos, dando origem a uma classe de mercadores que passaram a viver exclusivamente dessa actividade. Ler artigo

Lamego - Festejos da Senhora dos Remédios (1912)

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«As festas da Senhora dos Remédios em Lamego chamam muita concorrência das freguesias vizinhas que à sombra das árvores seculares faz os seus bailaricos e entoa os seus descantes em louvor da imagem e num culto tradicional. Aproveita-se a linda festa, como quase todas as do seu género, para uma feira onde se fazem belas transacções, sendo um ponto de reunião de agricultores e comerciantes do distrito.» In «Ilustração Portugueza", 23 de Setembro de 1912 O bailarico nas sombras das árvores copadas A grande árvore que tem 100 anos e à sombra da qual se dança e se merenda Diante da igreja: a linda fonte, por ocasião das festas As diligências levando os romeiros Um rancho de romeiros   (Clichés do sr. David B. da Silva)   Se quiser saber mais sobre a Romaria de Nossa Senhora dos Remédios , em Lamego, clique aqui .

Feira de Santo António em Vinhais

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Vinhais tem uma grande feira anual no primeiro Domingo de Setembro, no recinto da Capela de Santo António, à vista da Vila, na estrada que leva a Bragança. A feira coincide com o dia da Romaria de Santo António , muito frequentada pelos inúmeros devotos de todo o concelho e dos concelhos limítrofes, que ali vão cumprir as suas promessas! No início do século XX, a Ilustração Portugueza , publicou uma notícia sobre a Feira de Santo António em Vinhais : « A feira de Santo António em Vinhais é das mais concorridas, pois de muitas léguas em redondo vem gente para as transações no excelente mercado. Com bailes e descantes decorrem as festas tradicionais em que se desafogam os espíritos e se fazem bons negócios. » In Ilustração Portugueza, 16 de Setembro de 1912 Na feira de Santo António: fazendo compras   Venda de anéis   Trecho do mercado de gado