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Vendedor de capilé na cidade de Lisboa - 1908

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“Eram vendedores ambulantes que se podiam encontrar em certos pontos da cidade de Lisboa na época de verão e que vendiam este tipo de refresco a quem queria matar a sede nesses dias tórridos de muito calor. O capilé é um xarope feito a partir de folhas de avenca, com um toque de água de flor de laranjeira e açúcar amarelo, diluído em água para uma bebida levemente doce, subtilmente perfumada e extremamente refrescante. O capilé , por si é uma bebida lisboeta característica, de grande popularidade e afamado em outros tempos. A sua receita remonta ao século XVIII. O xarope de capilé é referido no livro de receitas, " O cozinheiro Moderno ou Nova Arte de Cozinha ", da autoria de Lucas Rigaud, no ano de 1780. Em ocasiões de cortejos cívicos, procissões, feiras ou paradas militares, desde que houvesse ajuntamentos, em tempo quente de verão, logo surgiam os típicos vendedores também conhecidos por " homens da água fresquinha ou capilé ". Para ler:  Pregões de Li

Uma linda minhota em 1915

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Uma linda minhota Cliché de Gabriel Tinoco, de Coimbra ("Ilustração Portuguesa" - II Série - nº511 - 6 de Dezembro de 1915) "(...) Nesta alegria das coisas move-se a mulher minhota, a mais linda mulher de Portugal. Esculturas perfeitas, como as de Seixas, a quem Páris não recusaria a maçã, palminhos de cara, como as de Afife , que fariam pecar Santo António . E elas sabem-no, as marotas! É ver como as saias se encurtam deixando ver a perna tentadora. É ver como os coletinhos abertos suspendem e amparam os fortes seios. É ver como os bustos se requebram no voltear do Vira e no passear do Regadinho . (...)" Fonte: "Ilustração Portuguesa" - nº 216 - 11 de Abril de 1910 Sugestões: Mulher da Gândara de Montemor e Aldeã das Margens do Mondego | Costumes Portugueses Os trabalhos com o linho, na província do Minho O Traje das Vindimadeiras no Douro

Carro de bois ornado com belas cangas

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  Ainda é frequente, na capital do Norte, ver-se carros de bois ornados com belas cangas , como este que reproduzimos na gravura acima. (" Panorama ", nº22 - Natal de 1944) Na " Ilustração Portuguesa ", nº83, publicada em 1907, foi publicado um interessante texto, intitulado “ A ornamentação dos jugos e cangas dos bois ”, do qual sugerimos a leitura. Começa assim: “É conhecido o costume existente no Douro e no Minho , e que tem mais de uma vez chamado a atenção dos forasteiros, de ornamentar os jugos e cangas dos bois. É principalmente no Porto e seus arredores que o facto se torna vulgar, desaparecendo mesmo de todo nos pontos das duas províncias que ficam situadas a maior distância da costa marítima. E, conquanto a vida rural mantenha no resto do país a mesma feição predominante, o certo é que nas outras províncias nada se encontra também que se pareça com tal costume, que possui, deste modo, uma limitada confinação geográfica, e constitui, portanto, um s

Cenas do Minho - Um carro de bois

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Um carro de bois (Desenho de M. de Macedo, segundo uma fotografia de E. Biel) É (...) o sr. Biel quem nos fornece uma magnífica fotografia donde o sr. Manuel de Macedo tirou o desenho [acima]. É um perfeito quadro colhido em flagrante na natureza e que surpreendeu aqueles homens no meio dos seus labores. Além de todo o pitoresco do local e da cena que se desenrola a nossos olhos, uma particularidade chama a atenção do observador, que é a enorme canga que descansa sobre os cachaços dos pacíficos bois. Estas cangas são vulgares em toda a província do Minho e do Douro , e elas constituem uma verdadeira curiosidade, não só pelo tamanho, como pelos lavores e arrendados que as enfeitam, uso este que vem da mais remota antiguidade e que ainda hoje se conserva com toda a beleza que o caracteriza. (1) Os carros de bois no Minho Os carros de bois sempre tiveram uma presença marcante na cultura do Minho, região do norte de Portugal.  Estes veículos eram utilizados pelos agricultores para

Camponesa de Perre - Viana do Castelo (1913)

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A camponesa de Perre , em Viana do Castelo , era conhecida não só pela sua beleza natural, mas também pela sua força de trabalho e determinação. Vivendo numa zona rural onde a agricultura era a principal fonte de sustento, ela dedicava longas horas do seu dia nos campos, cuidando das culturas, nomeadamente do linho, e dos animais. Com um sorriso sempre no rosto, a camponesa de Perre encantava a todos com a sua simpatia e generosidade. Sempre pronta para ajudar os vizinhos e amigos, ela era uma verdadeira alma solidária, que não media esforços para fazer o bem ao próximo. Apesar das adversidades e das dificuldades que enfrentava no seu dia-a-dia, a camponesa de Perre nunca perdia a esperança e a fé de que um futuro melhor está por vir. Com a sua perseverança e resiliência, ela inspirava todos à sua volta a lutar pelos seus sonhos e a nunca desistir, mesmo nos momentos mais difíceis. Assim, a camponesa de Perre era mais do que apenas uma trabalhadora rural. Ela era um exemplo de

Casas Típicas da Costa Nova - Ílhavo (Beira Litoral)

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As casas típicas da Costa Nova , localizada no concelho de Ílhavo, são um verdadeiro cartão postal da região. Com as suas fachadas listradas em tons vibrantes de cores como o vermelho, o verde, o azul e o amarelo, essas casas de madeira são um verdadeiro charme à beira da Ria de Aveiro . Construídas tradicionalmente pelos pescadores da região, essas casas são pequenas e acolhedoras, refletindo a simplicidade e autenticidade da vida à beira-mar. Com janelas e varandas enfeitadas com flores coloridas, as casinhas da Costa Nova são um convite aos turistas para caminhar pelas suas ruas estreitas e pitorescas, repletas de história e tradição. Além de servirem como residência para os moradores locais, muitas dessas casas também foram transformadas em comércios, como restaurantes, lojas de artesanato e pousadas, contribuindo para o charme e a atmosfera única da localidade. Ao visitar a Costa Nova , é impossível não se encantar com essas casas típicas, que são um verdadeiro símbolo

Barco rabelo à sirga - no Rio Douro

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Barco rabelo à vela Caminhos de sirga no Douro são um hino ao labor das gentes durienses Antes do aparecimento do comboio e, mais recentemente, das modernas rodovias, o barco foi durante bastante tempo um meio privilegiado de transporte de pessoas e mercadorias.  Ao longo de séculos e à falta das enormes pontes suspensas, a ligação entre as duas margens do rio Tejo apenas era feita por via fluvial...  Saber mais... Imagens retiradas de: O Douro - Manuel Monteiro, fac-simile da edição de 1911 | Emílio Biel & Cª - Editores Barco rabelo à sirga (puxado a homens) Barco rabelo à sirga (puxado a bois) Sugestões: A vida dos marinheiros do Rio Douro (1) A vida dos marinheiros do Rio Douro (2) A vida dos marinheiros do Rio Douro (3)

Mulher de Vilar de Andorinho (Gaia) em 1896 | Tipos do Norte

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Mulher de Vilar de Andorinho (Gaia) "Branco e Negro", nº11 - Junho 1896   « Muito bem parece o oiro, No pescoço da donzela .» “Se por um lado as danças e os cantares do nosso povo, nos seus aspectos folclóricos-etnográficos têm sido tratados por especialistas da matéria, o mesmo não tem acontecido com a ourivesaria popular tradicional. (…) O uso de objectos exteriores e móveis foi usado desde épocas remotas como desejo pessoal de se tornar diferente, como símbolo de destreza ou valentia ou ainda como anúncio de vitória. Os colares, com peças dependuradas e com o maneio de quem as usava, originava ruídos que, segundo os seus possuidores, dispersavam os espíritos maléficos, quando não eram usados com o intuito de chamar a si as atenções.  A mesma função tinha os brincos oscilando nas orelhas. (…) Saber mais Sugestões: Seis boiadeiras nas festas promovidas pelo Grande Clube de Lisboa (1906) Camponesa de Perre - Viana do Castelo (1913) O «namorar a correr» | As Feiras no N

Varinas, vendedeiras de peixe | Tipos portugueses

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Varinas, vendedeiras de peixe  "Há na sociedade certos tipos, principalmente os do género feminino, que, por circunstâncias especiais, atraem à roda de si um grande número de entusiastas, assim como na pintura as produções de diversos géneros, por circunstâncias análogas, tem o seu grupo de amadores. (...) Na verdade, que homem, a não ser algum admirador da esterilidade, haverá ali de tacto fino e inquieto, que não ame a natureza desenvolvida? É por isso que não poucas vezes, sem o quererem, se vão os olhos nalgumas dessas filhas de Aveiro e Ovar . Tipos portugueses - Varinas, vendedeiras de peixe. Desenho de Nogueira da Silva - Gravura de Coelho Júnior Colónia ovarina de Lisboa festejava Santa Luzia (13 de Dezembro) Aos entendidos na arte agradam geralmente essas mocetonas, essas figuras esbeltas e musculosas. Simpatiza-se com a mobilidade natural daquelas frontes trigueiras e espaçosas. Magnetiza a viveza dos olhos redondos e salientes. Fazem perder a cabeça os reque

Na eira - acarretando o pão

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Na eira: acarretando o pão (Cliché de Benoliel) "O cereal, depois de segado e atado, ficava em rodas. A roda era um conjunto de molhos dispostos de pé, encostados uns aos outros e formando uma espiral. Correspondia cada roda de molhos a uma carrada com cerca de vinte pousadas o que equivalia a vinte alqueires de grão. Uma pousada (eram quatro molhos em cada uma) dava um alqueire de pão. Com essa disposição, o pão aquecia ao sol, acabando de secar a palha e o grão. Alguns dias depois, de cada roda era feita uma meda, chamada morneiro, onde o pão continuava a fase de amadurecimento.  Depois, os vizinhos ajudavam-se uns aos outros, quanto ao transporte do pão para as eiras, ao que se dava o nome de as acarrejas." Ler mais Fonte da imagem: " Ilustração Portuguesa " - nº 177 - 12, de Julho de 1909 Sugestões: As segadas - Castanheira - Chaves - Trás-os-Montes Os trabalhos com o linho, na província do Minho Refeição no Douro em tempo de vindimas