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As rendas de bilros em Peniche – rendilheiras a trabalhar!

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Rendilheiras a trabalhar em Peniche "Como na Itália, em que à indústria rendeira se prende uma poética lenda, em Portugal são as mulheres dos pescadores que, desde remotas épocas, fabricam a renda de bilros . Em Peniche alcançou esta indústria maior desenvolvimento, e as rendas finas no género Malinas , as guipure , as torchon , mesmo as valencianas , se executavam ali delicadamente. Pelo meiado desde século [séc. XIX] elevou-se o fabrico das rendas de Peniche a grande perfeição, depois decaiu, tornando-se geralmente mais inferior a execução e menos correctos e escolhidos os desenhos. A criação duma escola industrial em Peniche veio dar novo impulso à indústria rendeira. A primeira professora dessa escola foi D. Maria Augusta Bordallo Pinheiro , quer estudando com interesse essa velha indústria nacional, se apaixonou por ela, e consagrando-lhe toda a dedicação da sua alma de artista, toda a sua extraordinária actividade, criou sobre a antiga indústria uma indústria nov

Os Borracheiros - costumes da ilha da Madeira (1896)

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Os borracheiros "Assim são conhecidos na ilha da Madeira os vilões que transportam o vinho novo das freguesias rurais para a cidade, através das serras. O vinho vem em borrachas , como lá dizem, o que em Portugal se chama odres . A sua capacidade regular é para dois almudes. Cada vilão trás uma borracha às costas, amparada por uma correia de couro que lhe dá a volta à testa, tal como a um boi de canga . Não é porém o peso o maior tormento deles durante a jornada. É, sim, o calor dos odres, porque o vinho vem em mosto, fervendo. Temos dó desses pobres diabos quando passam junto de nós, vermelhos como lagostas cozidas, encharcados e pingando de suor. Contudo, sempre um deles vem cantando: é do estilo. Trajos da Madeira O transporte assim é ainda o primitivo, como veem, e não se pode fazer doutro modo porque não há estradas e a ilha é de natureza alcantilada. A impressão imediata que o leitor sentiu ao ver a gravura - uma leva de borracheiros entrando no Funchal -

Camponesas de Sarnadas [de Ródão] - Beira Baixa (1904)

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("Ocidente", nº918 - 1904) Sugestões: Beira Baixa - A luta do homem com a terra Varina de Lisboa - Trajo antigo (1898) Romarias do Norte | As Festas de Nª Sª dos Remédios, em Lamego

A Praia de Cascais em 1902

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Praia de Cascais Não tarda a vida das praias para onde emigra uma grande parte da população de Lisboa . A praia de Cascais é uma das mais concorridas, e para isso basta ser a estação balnear da Família Real . De facto, nenhuma outra tem mais animação na época dos banhos e, contudo, antes de ser servida pelo caminho-de-ferro, poucos banhistas aí concorriam. O engrandecimento de Cascais data de então para cá e tudo tem concorrido para o seu aumento, já pela preferência que a Família Real lhe deu, já pela actividade e iniciativa do sr. Jayme Arthur da Costa Pinto , presidente daquele município, que tem empregado todos os esforços para o melhorar e embelezar, como é notório. Fonte: " Occidente ", nº852 - 1902 (texto editado e adaptado) Os Alfacinhas e os Retiros das Hortas "Os lisboetas tinham outrora o curioso costume de irem passear às hortas que era, como quem diz, retirarem-se da cidade para poderem gozar um pouco dos prazeres do campo, geralmente aos domi

“Portugal do ponto de vista agrícola” – título traduzido de um livro em francês, publicado em 1900

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Junta de bois barrosãos do sr. Luiz Magalhães (Parte primeira - Capítulo IV - Os gados ) “Copiosamente ilustrado surge-nos interessantíssimo o estudo dos gados do nosso torrão, acompanhado de numerosos gráficos estatísticos e dum mapa a cores mostrando-nos a nossa população pecuária por distritos administrativos. Deste primoroso trabalho são as duas gravuras de bois barrosãos que hoje damos aos nossos leitores para lhes mostrar o valor realmente notável desta publicação que vimos analisando. A junta atrelada ao carro pertencente ao sr. Dr. Luiz de Magalhães é um encanto, não só sob o ponto de vista zootécnico como artisticamente falando. E agora nos lembramos que é contra o bom gado bovino português, bom para trabalho, para leite e para corte, que se desencadeia a temerosa e actual borrasca das carnes congeladas e dos bois miserandos de Marrocos! Actividades agrícolas no Alto Minho em 1914 Fatal sina esta de estar destinada a nós mesmos a missão de estragarmos quanto temos de