No seu lugar surge então outro vulto, mas esse todo de graça, todo de mimo, todo de alegria; é também uma mulher, uma rapariga que sorri ao mar; da sua boca cor de rosa parece sair o cicio dum beijo para a água azul, mansa e dourada do formoso oceano.
E ao lado desta figurita simbólica dos povoados da orla de água, de Âncora a formosa, Lavadores e Apúlia, Leça, Matosinhos e Varzim, Vila do Conde, Espinho, terras do litoral português, surgem outras, muitas outras, mas essas animadas, rindo, folgando, brincando com a água sua amiga; encarando-a e mirando-se nela com uma ternura infinita, com o gozo todo íntimo que as mulheres têm diante dos espelhos (…)»
Texto (adaptado à grafia actual) e imagens: Illustração Portugueza, nº237, Lisboa, 5 de Setembro de 1910
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