A vida dos marinheiros do Rio Douro (3)
«Barco rabelo carregado de pipas, atracando ao cais da Carvoeira, no Porto «(…) Nos « barcos rabelos » ao passar nas graníticas « galeiras » do « Escarnicha » que, como outras colunas de Hércules, defendem a infortunada « Terra do Vinho » - eis que das « apégadas » grita o « mestre »: - Bota fora o Frade! E nisto o moço do barco empunha a «trombeta» e dela tira sons que levados de ribanceira em ribanceira vão ao longe ecoar… Por detrás da montanha, na margem esquerda, em lugares populosos antigamente, vivem quase em alfobre as famílias da « maruja » do Douro. Ao ouvirem esse sinal, as famílias dos « marinheiros » ausentes vão postar-se à espreita e mal hão reconhecido os seus, eis que por atalhos, verdadeiros carreiros de cabras, descem até ao rio e os « marinheiros » do barco deixam de remar no « pego » e atracam na praia. «Barco rabelo» a subir o Douro em frente ao Porto E é do abraço dos velhos pais já decrépitos, das mulheres que os filhos trazem ao colo ou das namo