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Danças Populares e Tradicionais Portuguesas (1)

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"Chula Rabela" - Ilustração de Mário Costa (1902-1975)   « Chula Amarantina ; Chula de Santa Cruz ; Barqueiros e " Paus ”. Estas são apenas algumas das versões da ‘chula' que percorre as margens do Douro e se estende até ao Minho . Atrai para os átrios das igrejas, os que gostam de bailar e sempre que chega o Natal, aproveita-se para comemorar com umas "chulas".» Saber mais... "Dança dos Pauliteiros" - Ilustração de Mário Costa (1902 - 1975)   «No planalto mirandês existem grupos de oito homens que vestem saias e tem paus. Dispensam apresentações. Já todos os conhecem: são os Pauliteiros de Miranda .  Com os saiotes brancos, lenços, os chapéus e os pauliteiros transportam uma tradição que procuram defender com unhas e dentes. E apesar de já não existirem tantos grupos como antigamente. As letras, os passos e os trajes ainda se mantêm fiéis à origem.» Saber mais... "Vira do Minho" - Ilustração de Mário Costa (1902 -

Aldeões Portugueses (Norte de Portugal) - 1884

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Aldeões Portugueses “A nossa (…) gravura representa um grupo de aldeãos do norte do país, com os seus trajos simples, elegantes e característicos. Quem percorre a formosa província do Minho tem ocasião de admirar a prodigalidade com que a natureza espalhou (...) pelos seus vales e pelas suas encostas as joias mais delicadas do seu cofre de maravilhas. Aqui é a extensa várzea com as suas messes douradas pelos fulvos raios do sol de julho ; além, os virentes prados onde a foucinha do segador encontra quotidianamente pasto abundante e mimoso para abastecer as manjedouras dos currais; acolá, é a escarpa da montanha, sombreada por maciços de arvoredo, onde pela solidão das noites o rouxinol deixa ouvir os seus suavíssimos gorjeios; lá em cima, é o cerro alpestre donde brotam, em cascatas, as torrentes dessas águas, que vêm fertilizar as veigas e formar as poéticas ribeiras, que cortam em todos os sentidos as povoações do Minho , nutrindo e alimentando a pujante vegetação que al

Uma casa rústica em Vieira do Minho

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"Ilustração Católica", nº319, Abril 1928 “Absorvido pela terra que o alimentava, a si e à sua família, o minhoto pedia à casa só um abrigo, sem luxo nem conforto. Mas o desenvolvimento da lavoura e uma vida de maior desafogo vieram exigir mais daquela que passou a ser também a sua habitação. A casa típica, de granito e de carvalho, associa e funde numa só, a modos de presépio, a habitação humana e o curral do gado. As casas são de planta retangular e geralmente de dois pisos baixos: – o andar sobradado, para habitação, – e o térreo, para as cortes de gado e lojas. Nos baixos recolhe-se uma parte da alfaia e localiza-se a adega, às vezes o celeiro e até as cortes. Uma escada de pedra, guardada ou não e de um só lanço, sobe geralmente ou longo da fachada e varanda. Esta é coberta com alpendre, por onde se entra no sobrado. A cobertura típica, geralmente de duas águas pouco inclinadas, – é de telha caleira – ou, nos casos mais rústicos, de colmo e giesta,

Cruzeiro de Caldelas - Minho - 1920

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Cruzeiro (Caldelas) por João Fernandes Tomaz "Ilustração Portuguesa", nº725 - 1920 Sugestões: Romaria do Senhor de Matosinhos em 1917 Romaria ao Senhor da Serra - Belas - 1905 Romaria do Senhor da Pedra em 1912

O Minho - Províncias portuguesas

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Um carro de bois à moda do Minho O Minho é das províncias portuguesas aquela que guarda mais puras as tradições e os tipos. Por todos os lados se encontram restos das civilizações célticas, trechos de monumentos druídicos, como esse dólmen de Santa Marta que, todo de garbo e recordação se mostra nas vizinhanças de Penafiel. No extremo norte do país, o  Minho  é como uma pátria de revoluções, de movimentos que depois se espalham pelo país. Nos tempos mais calamitosos da história portuguesa, desse norte bendito partiu sempre o grito inicial da revolta. Verdejante e pitoresco, com as suas mulheres belas, de trajos característicos, com a sua labuta constante, sem ter uma polegada de terreno por cultivar, a província é rica e fértil e encerra com as suas tradições históricas toda uma legenda de trabalho. Ali foi o berço da  monarquia  e de lá se espalharam os guerreiros na conquista de Portugal . Terra cheia de belezas naturais, é célebre pela sua produção e pelo seu pitoresco, contendo c

Grupo de Lavradeiras do Minho no sarau da Sociedade de Geografia - Lisboa

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Grupo de Lavradeiras do Minho, que tomaram parte no sarau da Sociedade de Geografia, em honra dos congressistas [Congresso de Medicina] "Ilustração Portuguesa" - nº10 - 1906 “É mundialmente conhecido o  traje domingueiro de lavradeira  vulgarmente conhecido por “ traje à vianesa ”. Por estes dias, vemo-lo a desfilar por todas as romarias da nossa região, na  Senhora d’Agonia   e nas  Feiras Novas , no  São João d’Arga  e nos festejos da  Senhora da Bonança . Mas, afinal, de que se trata realmente o  traje de lavradeira ? De uma forma genérica, o  traje à lavradeira  era a roupa que a mulher do campo usava nas suas lides diárias como em dias de festa e de romaria, diferenciando-se naturalmente a que empregava no trabalho da que guardava para ocasiões especiais. E distinguia-se ainda segundo a sua idade, estado civil ou estatuto social.” Ler+ Sugestões:   «Feira do Minho» - Quadro de Joaquim Lopes Rancho de Camponesas de Perosinho cantou e dançou em Lisboa (1918) Cântar

Cenas do Minho ou a força indesmentível do "sexo fraco"

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Cenas do Minho A província do Minho é tão pitoresca quanto são os seus costumes. Se por um lado a paisagem nos delicia os olhos, como a de um jardim em plena florescência, os costumes que ali se observam são tão pitorescos como a paisagem na variedade das formas e do colorido, acrescendo ainda a vivacidade dos habitantes que dão vida e movimento às cidades e às aldeias. Uma dos características da vida do norte de Portugal é as mulheres empregarem-se nos trabalhos dos campos e em outros misteres, que em geral, no sul, são reservados para o sexo forte. Assim elas cavam e lavram a terra, que os maridos, os pais ou os filhos deixaram para emigrarem para o Brasil, e esta corrente de emigração, que infelizmente não cessa apesar de todas as desilusões, é que faz com que no norte de Portugal escasseiem os braços masculinos e válidos, para só se verem, por assim dizer, mulheres, velhos e crianças. As filhas das províncias do Minho e do Douro veem-se, por isso, obrigadas a desenvolver

Barca de passagem em Serreleis - Minho (1892)

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Barca de passagem em Serreleis (Minho) Quadro de Silva Porto Premiado com medalha de 1ª classe e adquirido pelo Sr. Dr. Rebelo da Silva (Gravura de C. Alberto, segundo uma fotografia do fotógrafo amador sr. Ferreira das Neves) "Occidente" nº482 - 11 de Maio de 1892  

Celebração da Páscoa no Minho, antigamente (1909)

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A procissão de domingo de Ramos "E foi às dez horas, sob a passagem do dever quaresmal, que a procissão de Ramos, cerimoniosa e diversas, apareceu no adro, cercada de palmas, entre as rendas do clero, os arminhos do clero, as ametistas caras do clero. Em verdade, parecia, de novo, que Jesus de Nazaré voltava a seio dos homens, magro, claro e de cabelos longos; parecia que, como há quase dois mil anos, entre as palmeiras do vale de Siloé, legiões judaicas, sólidas e vitoriosas, o cobriam de boas palavras, lhe alagavam de rosas a poeira seca do caminho." Visita às casinhas do Senhor "Doce e suavemente magoada correu essa quinta-feira santa da minha terra. Às dez horas abriram, nos templos, as «casinhas do Senhor» - largo pretexto para largas despesas familiares, em vestidos de faille , sedas adamascadas, calçado de polimento e sevilhanas de renda." Em cada igreja, (completamente cerradas a luz do dia) brilhava o altar central numa alta escada de lumes a

«Feira do Minho» - Quadro de Joaquim Lopes

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« Feira do Minho », quadro de Joaquim Lopes "No seu belo quadro Feira do Minho , inundado de luz, em pleno meio dia, o seu pincel, tão brilhante como fecundo, robusteceu-se e deu-nos uma maravilha de luminosidade. É um verdadeiro poema cromático e uma deslumbrante interpretação da realidade, através do fogoso lirimo dum temperamento exclusivamente pictural.(...)" Luís Cunha ("Ilustração Portuguesa", nº902, 2 de Junho de 1923)

Em Afife (Viana do Castelo), com o cântaro cheio de água, mar e campo!

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Com o cântaro cheio (Cliché do distinto amador sr. António Teixeira, da Régua, tirado em Afife, Viana do Castelo) Um aspecto do mar em Afife, Viana do Castelo Pedro Homem de Mello era habitual frequentador da praia de Afife , onde se deslocava de bicicleta desde Cabanas e mais tarde fazia o percurso a pé. Poeta e folclorista , foi um estudioso e divulgador do Folclore Português , criador de vários ranchos de folclore no Minho e apresentador de um programa de folclore na RTP. Chegou a levar o então Rancho de Afife a um desses programas, em que o povo da freguesia nos anos 60 e 70, numa altura em que ter televisão era um luxo, enchia a Casa do Povo , só para assistir no pequeno ecrã, ao referido programa em que Afife e o seu folclore serviam de tema central. Saber+ Em Afife, Viana do Castelo. No campo ( Clichés do apreciado colaborador da Ilustração Portuguesa, sr. António Teixeira, da Régua) Fonte: "Ilustração Portuguesa", II Série, nº 684, 31 de Março de 1919

Minho - Casa Rural antiga - Ponte de Lima (Postal)

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Arquitectura popular no Minho Absorvido pela terra que o alimentava, a si e à sua família, o minhoto pedia à casa só um abrigo, sem luxo nem conforto. Mas o desenvolvimento da lavoura e uma vida de maior desafogo vieram exigir mais daquela que passou a ser também a sua habitação. A casa típica, de granito e de carvalho, associa e funde numa só, a modos de presépio, a habitação humana e o curral do gado. As casas são de planta rectangular e geralmente de dois pisos baixos: – o andar sobradado, para habitação, – e o térreo, para as cortes de gado e lojas. Nos baixos recolhe-se uma parte da alfaia e localiza-se a adega, às vezes o celeiro e até as cortes. Uma escada de pedra, guardada ou não e de um só lanço, sobe geralmente ou longo da fachada e varanda. Esta é coberta com alpendre, por onde se entra no sobrado. Ler+

Festas da Senhora do Livramento - Santa Marta - Viana do Castelo (1928)

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Mordomas da festa da Senhora do Livramento - Sta Marta de Portuzelo "Na risonha freguesia de Sta Marta [de Portuzelo], arredores de Viana do Castelo , realizou-se a festa da Senhora do Livramento, levada a efeito por quinze mordomas que rivalizaram em se apresentar com os mais lindos e opulentos trajos regionais, levando à cabeça os característicos cestos de flores, de muitos milhares de malmequeres brancos, ornados ao centro por flores variegadas. A linda foto que publicamos foi-nos enviada pelo distinto fotógrafo Aureliano Carneiro, e representa as mais vistosas mordomas ." Fonte: "Ilustração" - 3º ano - número 62 - 16 de Julho de 1928 (texto editado)

A mulher de Barcelos (numa Feira em Novembro de 1910)

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Tipo de mulher de Barcelos A mulher de Barcelos Já Camilo afirmava que as moças de Barcelos levavam de vencida as lindas mulheres das redondezas no rosado da face, na robusta elegância do corpo e na viçosa alegrai. Ante olha-se à nossa rotina uma interminável coleção de desenvoltas moçoilas que põem a cabeça humana à razão de juros. Morenas, de andarem ao sol, e loiras gentis, ligeiras, em passo ritmado saracoteiam-se pelo campo. As saias balouçam-lhe ao de leve nas curvas das pernas tentadoras. Mimosos palmos de cara, virgens da maquilage , emergem dentre boleios esparsos dessa camisa de alvo linho . Vendedeiras de cereais Clarões luminosos brincam doidamente em rosto oval. A cada canto deparam-se-nos: olhos microscópicos, contas de rezar: grandes, amendoados, que tentam saltar das órbitas. Há-os negros cintilantes, misteriosos, verdes como os da Joaninha de Garrett; e azuis duvidosos, incertos como as águas do mar. A vista embriaga-se na orgia da coloração quente que

A Indústria Chapeleira e o Traje Tradicional - Minho

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 O jornaleiro minhoto, de barrete e tamancos de coiro e madeira, segundo uma fotografia da Ilustração Portugueza de 1920. Feira e Romaria de Nossa Senhora da Agonia, em Viana do Castelo, da autoria de Alfredo de Moraes. A propósito destas fotos, sugerimos a leitura de um texto do Dr. Carlos Gomes: A Indústria Chapeleira e o Traje Tradicional A fotografia constitui uma das fontes documentais não apenas para quem estuda os acontecimentos da História contemporânea como também para quem procura com algum rigor conhecer os usos e costumes desde meados do século XIX, nomeadamente aspectos relacionados com o traje utilizado à época. Ler+

Trajo do Minho - Mulher dos arredores de Viana do Castelo

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Mulher dos arredores de Viana do Castelo Cliché Emílio Biel & C.a (Ilustração Portuguesa - 27 de Dezembro de 1909) Para quem estiver interessado, poderá encontrar aqui imagens e textos sobre Trajos de Portugal .

Trajos do Minho - Romaria e Trabalho (mudança do século XIX - XX)

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Trajos do Minho Mulheres com Trajos de Cerimónia, Festa ou Romaria «O traje de cerimónia era concebido para ocasiões de grandes festividades familiares ou colectivas. Quer se destinasse para o casamento dos filhos, quer para vestir o «juiz» ou «mordomo», depositário de confiança da comunidade e seu representante nas festas colectivas, era o prestígio de uma «casa», que se punha à prova dos olhares avaliadores de povoação.  O prestígio alcançado por essa família ultrapassava-a e tornava-a extensivo a toda a comunidade.  Era um factor de coesão.» Ler+ Trajos do Minho Homens e Mulheres com Trajos de Trabalho e utensílios agrícolas «O traje de trabalho também designado por traje de cotio ou traje da semana, vestia-se como o próprio nome indica, durante a semana, para trabalhar.  Com características próprias, de acordo com a função a que se destinava, havia de reflectir a imagem que a comunidade tinha acerca do trabalho e as relações sociais construídas segundo esse modelo.» Ler+

Trajes do Minho: Anha e Castro Laboreiro

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Um jangadeiro minhoto Na mesma província do  Minho , à beira mar, o fato simples usado pelos jangadeiros de Anha, emparceira admiravelmente com, rudeza semisselvagem do vestuário das  castrejas . É muito característico o tipo destes lavradores-marinheiros, que nas costas do norte, principalmente junto a  Viana do Castelo , e por todo o litoral desde  Montedor  até à costa do sul do Lima, no local denominado Anha, se aventuram ao mar, a fim de colher o  sargaço ,  moliço   ou  limos , como lhe chamam, com que vão depois fertilizar as suas terras navegando sobre frágeis jangadas, formadas por oito troncos de madeira muito leve ligadas a maneira de estrado, tendo lateralmente duas tabuas dispostas em forma de borda falsa: os troncos das bordas são mais compridos, e, levantam em forma de rabo de arado. Vestem unicamente uma espécie de sobrecasaca de lã grossa e forte, o que chamam  branqueta , presa com um cinto e abotoada na frente, uma carapuça vermelha ou um chapéu preto de grandes abas

Ponte de Lima - Monumentos e Gastronomia

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Monumento às Feiras Novas .  Na realidade, trata-se de um monumento ao folclore. Monumento às Feiras Novas. Pormenor. Tocador de concertina.   Ponte de Lima é famosa pelo artesanato de cantaria em granito .  Sugerimos leitura de " Concertina: um instrumento a preservar " Vaca das Cordas Esta tradição perde-se nos tempos. Sugerimos a leitura de " A Vaca das Cordas ". O arroz de sarrabulho com rojões é o prato mais afamado da cozinha tradicional limiana. Um aspecto de Ponte de Lima .  A estátua representa D. Teresa atribuindo o foral a Ponte de Lima , facto ocorrido em 1125. (Fotos e textos de Carlos Gomes)